Por Cristopher Ronsani Morais em 19/10/2021
Tempo de leitura: 6 minutos

Conheça a importância de médicos praticarem a empatia

Saiba os impactos que a empatia leva para sua clínica médica, além da razão dela ser essencial no atendimento de profissionais de saúde.
Como a empatia impacta o atendimento médico? | MedPlus

A formação do médico é desafiadora do começo ao fim. O curso de Medicina consiste em anos de estudos, sem mencionar os estágios e o período de residência.

No entanto, durante a graduação, o desenvolvimento da empatia, e a prática de realizar um atendimento humanizado, são critérios que podem acabar postos de lado por muitos acadêmicos da área que não consideram questões tão importantes.

Porém, ao iniciar seu trabalho como médico e receber pacientes, muitas vezes com problemas graves de saúde, o profissional percebe como a empatia é essencial ao exercer o trabalho.

Afinal, com o passar do tempo, o médico entende o quanto o relacionamento entre o paciente e o profissional interfere tanto no atendimento clínico quanto nos resultados do tratamento.

Neste artigo, vamos abordar como a empatia é indispensável na área da saúde para ajudar a criar um relacionamento positivo em cada atendimento.

Qual é a importância da empatia no atendimento médico?
Quais são as vantagens de ser um médico empático?
Rapport: uma maneira de desenvolver a empatia em sua clínica médica
Incentive a cultura empática entre a equipe no consultório médico

Qual é a importância da empatia no atendimento médico?

A empatia é uma maneira de se colocar no lugar do outro e exercitar como seria estar na mesma situação em que a pessoa se encontra.

Sua importância na área da saúde está no fato de ser uma maneira de o médico praticar a sensibilidade ao atender seus pacientes com mais humanidade e atenção durante as consultas e tratamentos.

Contudo, ao longo de anos de faculdade e de carreira, vários fatores influenciam na perda de empatia de profissionais da área de saúde. As intensas horas de estudo, por exemplo, além da necessidade de lidar com doenças graves e as complicações que podem acontecer com um paciente, são fatores que podem diminuir a sensibilidade dos profissionais.

Sem falar que, como os médicos executam vários atendimentos em um dia normal de trabalho, e muitos ainda fazem a
gestão médica da própria clínica, no fim do dia, os pacientes podem acabar sendo recebidos com menos cuidado e atenção.

Leia mais: 6 dicas para melhorar o atendimento ao paciente

Além de tudo isso, muitos médicos ainda acreditam que precisam se distanciar de seu lado humano e pessoal para realizar um bom atendimento ao paciente.

A consequência disso, por sua vez, é um atendimento mais frio, menos humano e com muito menos empatia. Isso acaba prejudicando tanto o paciente quanto a própria clínica, que tem mais dificuldade de fidelizar seus pacientes.

Afinal, pessoas que já tiveram uma experiência negativa em um consultório médico, como consequência de um atendimento apressado e impessoal, descrevem essa ocorrência como indesejável e traumática. Além de apontarem a impossibilidade de continuarem frequentando tal estabelecimento.

Desse modo, do outro lado do atendimento, tais consultas deixam o médico com uma imagem profissional egoísta e apática. É desnecessário dizer que tal postura impacta negativamente na manutenção e na captação de novos pacientes.

Como a empatia impacta o atendimento médico? | MedPlus

Um bom médico não quer somente ter uma clínica bem-sucedida, com a agenda cheia todos os dias, mas, também, deseja que seus pacientes superem as dificuldades, de modo a restaurar o seu bem-estar e saúde.

A clínica cheia é consequência do bom atendimento e, para isso, é fundamental recorrer ao sentimento de empatia.

Quais são as vantagens de ser um médico empático?

A empatia, combinada com o conhecimento e as boas práticas da medicina, consegue extrair os melhores resultados em um atendimento clínico.

Entenda melhor as vantagens desse cuidado e como ele pode ajudar no tratamento de cada paciente.

  • A empatia deixa o paciente à vontade na presença do médico: o ato de realizar um exame médico pode causar constrangimento em algumas pessoas, assim, se o paciente estiver desconfortável com a abordagem do médico, todo o atendimento pode ser comprometido e a consulta não terá o resultado esperado.

Por outro lado, quando há empatia no relacionamento entre médico e paciente, a situação se torna mais confortável e o constrangimento tende a diminuir.

  • A empatia melhora a comunicação do paciente com a clínica: o primeiro passo para a realização de um atendimento clínico é a produção do prontuário do paciente e da anamnese.

Para extrair do paciente os dados sensíveis e necessários para o atendimento, o médico precisa se comunicar muito bem e fazer as perguntas certas a respeito de sintomas e quadro clínico. Com esses documentos completos, o tempo da consulta é otimizado e evita que exames desnecessários sejam solicitados, melhorando a experiência do paciente na clínica.

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  • Em um relacionamento empático, o paciente confia no médico: talvez a vantagem mais valiosa de aplicar a empatia em um tratamento é a construção de um relacionamento recíproco e duradouro.

Além de respeitar as recomendações do profissional de saúde, o paciente é fidelizado no consultório por tempo indeterminado e contribui para a construção de uma imagem sólida da clínica para o cliente em potencial.

  • A melhora do estado emocional do paciente: quando há um problema de saúde, o psicológico da pessoa pode aumentar o dano que a patologia causa. A empatia, então, também funciona para tranquilizar o paciente sensibilizado.

As vantagens do tratamento baseado em empatia gera benefícios para o médico (ao conseguir exercer plenamente seu ofício), para o paciente (ao ser tratado da forma que deveria para restabelecer o seu bem-estar) e para a clínica (ao funcionar como instrumento de fidelização e captação de clientes).

Rapport: uma maneira de desenvolver a empatia em sua clínica médica

Rapport é uma palavra que vem do francês e significa “trazer de volta” ou “criar uma relação”. Essa técnica é muito explorada pela Psicologia, mas pode ser expandida para outras áreas também.

Anthony Robbins, um palestrante norte-americano renomado, definiu o rapport como “a capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum”.

A partir da fala de Robbins, entende-se que o rapport ajuda o médico a ter empatia com a situação atual do paciente. Afinal, como especialista, ele sabe o quanto a situação é delicada e precisa de cuidado.

Ao entender a situação de vulnerabilidade do paciente, o médico consegue pensar em uma maneira de solucionar o seu problema com empatia.

Mas como o profissional de saúde consegue aplicar o rapport na prática? Há alguns passos para isso:

  • Escute ativamente: cuidado com as interrupções durante o relato do paciente e com as distrações enquanto ele fala. É muito mais do que movimentar a cabeça e demonstrar concordância. Conforto e acolhimento são primordiais, além do contato visual.
  • Desenvolva alteridade: essa habilidade diz respeito à aceitação de que o outro é diferente, e isso é essencial para um atendimento empático, pois evita conflitos desnecessários com o paciente.
  • Preste atenção na linguagem verbal e não-verbal: tanto a fala quanto a linguagem corporal durante a consulta são formas de comunicação. Por exemplo, se o médico ficar de braços cruzados durante o atendimento, o paciente pode ficar inibido em seus relatos. Se o médico responder apenas com “sim” ou “não”, o paciente também pode ficar receoso em fazer questionamentos.

O rapport ajuda o médico a ter uma relação mais saudável com o paciente, baseando-se em uma troca mútua de experiências, que é enriquecedora para ambos.

Incentive a cultura empática entre a equipe no consultório médico

Vale ressaltar que o médico é incapaz de conquistar o paciente sozinho e precisa contar com sua equipe de profissionais para ajudá-lo. Todos os responsáveis pelo atendimento na clínica médica também precisam atuar de forma empática, e isso envolve a recepção, a secretaria e até o momento da anamnese.

Zygmunt Bauman, em sua obra Modernidade Líquida, reflete sobre como é a comunicação interpessoal na atualidade: “Tudo é mais fácil na vida virtual, mas perdemos a arte das relações sociais e da amizade”.

Deve-se cuidar para que o cenário do filósofo não seja recorrente no consultório médico. A comunicação virtual também precisa acontecer de forma empática, bem como o respeito entre os colaboradores e os pacientes.

Quando há a sensação de que se fala com um robô, não há como construir uma relação empática.

Verifique como os colaboradores se comunicam com o público e ofereça meios para que o
atendimento humanizado possa acontecer desde a porta de entrada.

Quando a empatia é trabalhada em todas as etapas do atendimento, o paciente se sente mais confortável para falar sobre o que sente, assim como sobre suas inseguranças, suas exigências e seus medos. Tudo isso torna a
experiência do paciente positiva dentro de sua clínica médica

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Gerente de Produto

Uma resposta

  1. Médicos não tem empatia com pacientes até um dia que eles se tornarem pacientes de outro médicos aí eles sentiram na pele o que é uma pessoa que está sofrendo com uma doença e precisando de atendimento compreensão etc, eles sentiram o que nós sentimos ao conversar com um robô que só está ali por dinheiro e nada mais.

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